Texto publicado hoje no meu perfil no Facebook.
Moro em Fortaleza há seis anos e dois meses. Cheguei e vim direto para uma parte menos urbanizada da cidade, uma parte em processo. A vida ainda um pouco interiorana do bairro me instigava. A escola, com salas de aula sem forro, cogobós nas paredes, carteiras de uma madeira grosseira . Nas ruas do bairro, muitos terrenos baldios e alguns sítios. Logo eu descobri que estava morando em um lugar com menos de 15 anos de habitação efetiva.
As avenidas da parte sul de Fortaleza eram bem tranquilas, poucos carros, também, o comércio era razoável e o mesmo para as residências de muitos moradores (condomínios).
Eis que rapidamente entendi onde a especulação imobiliária de Fortaleza estava. Exatamente aqui, querendo transformar Fortaleza e Euzébio em uma única cidade.
Depois da construção do Pátio Água Fria e da Insinuante na W. Soares, parece que houve uma bomba e foi chegando mais. Versão “SUL” de vários restaurantes, Shopping Via sul, condomínios enormes de prédios enormes. Na esquina da minha casa, passa uma pequena avenida de duas pistas, antes, eu atravessava tranquilamente, agora, haja paciência. Também cresce por aqui o comércio e os engarrafamentos na Avenida oliveira Paiva, coisa que não imaginava há quase sete anos.
Como se não bastasse, inauguraram o supermercado Cometa mais Shopping da cidade, chiquérrimo, para os atuais gostos alencarinos.
A vidinha de interior está quase toda indo embora, a não ser por um sítio que encontrei no final da minha rua. Sem muro, sem arame farpado ,sem grade. Apenas umas poltronas na varanda e umas galinhas andando na rua de paralelepípedo.
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